Sexta-Feira - 25 de junho de 2021
Pesquisa do CEPE/FHO aponta pessimismo entre os consumidores de Araras e região

O projeto Índice de Confiança do Consumidor avaliou a percepção das pessoas em relação a questionamentos sobre a situação econômica pessoal e local nos meses de março e abril.

Uma pesquisa do CEPE ¿ Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Fundação Hermínio Ometto (FHO), identificou a sensibilidade dos consumidores de Araras e região nos meses de março e abril por meio do projeto Índice Confiança do Consumidor (ICC), que busca avaliar a percepção das pessoas em relação à situação econômica atual e futura da cidade; à situação financeira atual e futura da família; e à perspectiva sobre a realização de compras de bens no futuro próximo.

A pesquisa entrevistou 203 consumidores de Araras e região e, dentre os dados coletados, apresentou um Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de 92,2 pontos (em escala que varia de zero, o que indica pessimismo máximo; a 200, o que indica o máximo de otimismo possível).

Para o Prof. Dr. Oto Murer Küll Montagner, responsável pelo CEPE/FHO, o resultado indica que a expectativa do consumidor para Araras e região se situa em uma área de pessimismo alto, ''o que pode ser justificado pela atual conjuntura econômica do país, de pequeno crescimento da atividade no começo de 2021, atrelado, principalmente, à continuação da pandemia de Covid-19, tendo como consequência desse cenário a paralisação das atividades de comércios, indústrias, escolas, faculdades e trabalhos autônomos''.

A percepção das pessoas em relação à situação econômica atual e futura da cidade onde residem

Em relação ao primeiro tópico da pesquisa, 47,78% dos entrevistados consideram a atual conjuntura da sua cidade como ''ruim'' e 36,95% como ''normal''. Um destaque nesse sentido é que nenhum dos entrevistados apontaram o momento como muito bom e, apenas 3,45% dos entrevistados, consideram a situação ''boa''.

Quando questionados sobre suas perspectivas em relação aos próximos seis meses, percebe-se que a expectativa para o futuro não é tão animadora:  38,92% acreditam que a situação ''continuará igual'', 40,39% que ela será ''um pouco pior'' e 7,39% consideram que será ''muito pior'', contra 13,3% dos participantes que responderam ''muito/pouco melhor''.

A percepção das pessoas em relação à situação financeira atual e futura da própria família

Quando questionados sobre a situação de trabalho e renda da família, constatou-se que 87,2% acreditam ser ''difícil/muito difícil a obtenção de um novo emprego''.

Contudo, foi possível observar um leve otimismo sobre a mesma pergunta em relação aos próximos seis meses, quando 61,6% dos entrevistados acreditam que será ''difícil/muito difícil a obtenção de um novo emprego''.

Em relação à situação financeira atual da família, 56,16% apresentaram situação ''normal'', 17,24% situação ''ruim/muito ruim'' e 26,54% situação ''boa/muito boa''.

''Isso mostra como as famílias tiveram uma questão adaptativa na pandemia, buscando poupar mais seus recursos e utilizar somente o necessário. E os próximos dados salientam isso, quando vemos que 49,26% dos entrevistados ''não estão poupando nem se endividando'', 33,9% ''estão entre os poupadores'' e apenas 7,39% ''estão se endividando'', explicou Eduardo Feleto de Camargo, aluno de Economia e responsável pelo projeto ''Índice de Confiança do Consumidor''.

Percepção das pessoas em relação à perspectiva sobre a realização de compras de bens no futuro próximo

Três pontos são considerados nos questionamentos em relação ao consumo em um futuro próximo: a compra de bens duráveis, imóveis e automóveis. Nesta etapa, a incerteza do consumidor diante do cenário de pandemia fica mais clara:

● 39% dos participantes ''não têm intenção alguma'' de realizar uma compra de bens duráveis nos próximos seis meses e, entre os que pretendem realizar, os destaques seriam os eletrodomésticos.

● 72% dos participantes ''não têm intenção de comprar um imóvel'' e, entre os que pretendem adquiri-lo, 73% não têm certeza se o imóvel será novo ou usado.

● 72% ''não irão realizar a troca de automóvel nos próximos seis meses'' e, dos que pretendem trocá-lo, 62% estão incertos sobre se será novo ou usado.

Segundo o Prof. Dr. Oto, os índices apontam uma perspetiva geral de como as pessoas estão pensando neste momento. ''Tendo em vista que o Brasil está há mais de um ano lutando contra a pandemia de Covid-19, temos a clareza que as famílias estão buscando, de alguma forma, se sustentar nesse cenário de incerteza. Nesse sentido, os consumidores registraram que não estão confiantes com a retomada das cidades em que estão inseridos, tanto pelas medidas de restrição que estão sendo adotadas, quanto pelas ações institucionais. Nota-se também, que houve uma adaptação dos consumidores, que conseguiram se reorganizar em certa medida, já que alguns atingem níveis financeiros estáveis e esperam por uma situação de melhora no futuro, tanto pelas campanhas de vacinação, quanto pela esperança de solução do problema'', comentou.

Sobre o CEPE/FHO

O CEPE - Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Fundação Hermínio Ometto (FHO) é um grupo composto por alunos e professores de graduação, com o objetivo de oferecer informações com credibilidade à comunidade de Araras e região, por meio dos projetos ''Cesta Básica'', ''Confiança do Consumidor'', ''Mercado de Trabalho'' e ''Qualidade de Vida''.

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