De 29 de agosto a 01 de setembro, 34 alunos do primeiro ano do Curso de Biologia da FHO participaram de uma viagem de campo para a Ilha do Cardoso. Com acesso pela cidade de Cananéia, litoral sul de São Paulo, a Ilha é uma unidade de conservação e abriga uma variedade de ambientes, como restingas, manguezais e vegetação de Mata Atlântica e é palco para populações tradicionais nativas, como os caiçaras e índios guaranis. "Se pela água, os habitantes são bastante carismáticos, como os golfinhos; por terra, são as queixadas (conhecidos como porcos do mato), cachorros-do-mato e uma infinidade de aves, como os guarás (aves vermelhas), que dão o colorido e exuberância para a Ilha", afirma a professora Daiane Carreira.

A viagem de campo para a Ilha do Cardoso, é a primeira atividade de imersão dos alunos no curso de Biologia. "Durante os três dias que passam na Ilha, os alunos desenvolvem diversas práticas de coleta de dados em campo, entre elas, levantamentos fitossociológicos (levantamento e análise de vegetação), interpretação de ambientes, como restingas e manguezais e análise de deposição de organismos marinhos em costão rochoso. Ao término de cada dia, eles se reúnem para rodas de conversa com moradores locais, guias e com os professores que acompanham as atividades. As atividades moldam o perfil dos futuros biólogos e apresentam um primeiro contato com áreas naturais e conservadas", contou a professora.

Para o aluno Thales Pastre, nada é mais instigante e arrebatador do que os sentimentos que te envolvem em uma viagem. "Sentimentos como a constante e incessante busca pelo desconhecido e pela aventura, o indomável desejo de adrenalina, a conexão e a empatia ao próximo, a chance de lidar com as suas fraquezas e medos, ficar fora da zona de conforto. São tantos momentos que essa viagem me proporcionou, e que ficarão marcados em minha memória até meu último dia. A viagem acaba, mas o aprendizado fica", disse ele.