2018
O projeto se faz de extrema relevância, uma vez que são altíssimos os índices de violência doméstica contra a mulher e não existem ações que atendam o agressor de forma a reabilita-lo. Buscar-se-á o atendimento aos agressores em casos de violência doméstica, promovendo discussões sobre os diversos aspectos que envolvem a questão da violência na esfera doméstica, enfatizando a conscientização, educação, tratamento e transformação do agressor. Objetiva-se estabelecer um espaço de referência e reflexão ao agressor que o insira em discussões sobre valores e ideias, implementando-se a conscientização do equívoco do conflito, bem como direcionando ao combate de condutas violadoras e a ações que possibilitem a reabilitação, a reeducação e a transformação do mesmo. Acredita-se no atendimento ao agressor de forma integral, ante a possibilidade de ações conjuntas entre a rede de atendimento, prevendo o encaminhamento e atendimento de outras demandas.
O projeto de estágio tem como objetivo propor encontros/grupos de encontro semanais - com agressores e núcleo familiar em caso de violência doméstica -, com o objetivo de se problematizar as relações por meio de aquisição de novas habilidades sociais (agressor), desmistificando a violência como algo comum ou naturalizado, em eles possam assumir o que fizeram para que haja alguma mudança ou aprendizado; bem como, pretende-se um olhar para o desamparo aprendido que liga as vítimas aos seus agressores, por conta do compartilhamento de vivências e experiências (núcleo familiar), que acredita-se possa contribuir no enfrentamento do sentimento de impotência e incapacidade das vítimas, por meio do fortalecimento pessoal e autoestima.
Tendo como objetivo a conscientização, a responsabilização e a reeducação de indivíduos autores de agressão através da ressignificação destes atos, organizou-se oficinas com diversos temas como estratégia para alcançar estes objetivos. Estas oficinas foram estruturadas baseadas em: dinâmicas, discussões, provocações; sendo elas: a) Projeto de vida, b) O papel da família, c) Machismo, d) Violência de gênero, e) Empatia, f) Violência doméstica, g) Legislação, h) Direitos humanos, i) Construção de modos de enfrentamento, j) Equipamentos Públicos, k) Oficina de Compartilhamento, l) Salto Qualitativo. Reservou-se também um momento para os autores de agressão falarem e se colocarem. Foi um processo de aprendizagem que se entende que proporcionou uma consciência sobre o ato que cometeram.
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