2018
Analisar e identificar o modelo de atuação do psicólogo na saúde mental em seus diferentes níveis de atuação. Analisar e identificar o modelo de tratamento oferecido pela instituição. Obter subsídios teórico-práticos para que o aluno tenha uma posição crítica frente às questões da saúde pública nacional e internacional. Analisar o contexto em que atua profissionalmente em suas dimensões institucional e organizacional, explicitando a dinâmica das interações entre os seus agentes sociais. Capacitar o aluno para atuar em instituições de saúde mental tendo uma visão crítica da função do psicólogo nessas instituições e das diferentes relações hierárquicas e de poder que se estabelecem entre os diversos profissionais que se encontram nesse espaço. Identificar necessidades de intervenção individual x necessidade de intervenção grupal e desenvolver projetos de ação de acordo com o tipo de necessidade identificada. Relacionar-se com o outro de modo a propiciar o desenvolvimento de vínculos interpessoais requeridos na sua atuação profissional. Atuar profissionalmente, em diferentes níveis de ação, de caráter preventivo ou terapêutico, considerando as características das situações e dos problemas específicos com os quais se depara. Compreender a natureza plural da saúde mental. Atuar inter e multiprofissionalmente, sempre que a compreensão dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar.
O estágio em Clínica da Saúde Mental visa, além da articulação entre teoria e prática, possibilitar ao aluno iniciar-se na atuação como psicólogo, ao mesmo tempo em que questiona e reflete de forma crítica sobre as práticas profissionais. Dessa forma, o estágio deve contribuir não apenas para a formação individual profissional, mas para a qualificação das intervenções em saúde mental na rede pública de atenção. No campo da saúde pública, há ainda uma grande distância entre teoria e prática; entre o ideal em termos de políticas públicas e sistema de saúde, e o que de fato é realizado nos serviços. Nesse sentido, é imprescindível que a formação de psicólogos para a área da saúde favoreça um processo de compreensão crítica do fenômeno saúde-doença, e das formas possíveis de atuação profissional de acordo com a realidade concreta dos indivíduos a quem se dirigem as intervenções. A Reforma Psiquiátrica no País tem implementado discussões e modificações importantes no que diz respeito ao entendimento e tratamento das pessoas em sofrimento mental. O modelo assistencial preconizado pela Reforma está em consonância com os princípios do SUS, cuja concepção de saúde não se reduz à ausência de doença, mas a uma vida com qualidade, tal como retomado pela Política Nacional de Humanização (PNH), destacando a necessidade de ações em rede e da importância da intersetorialidade. É notória a participação do Psicólogo nesse processo de transformação, seja na reestruturação das práticas, na discussão de novos arsenais teóricos para o enfrentamento dessas questões, no engajamento político através dos seus órgãos de representação (Conselho Federal de Psicologia (CFP) e/ou por seus Conselhos Regionais (CRPs)) e de sua prática cotidiana. Cabe salientar que não podemos pensar a formação do psicólogo na atualidade descontextualizada das questões apontadas acima.
Desenvolver pesquisas teóricas capazes de dar orientação e esclarecimento sobre determinado caso clínico-institucional. Verificar as dificuldades e necessidades dos profissionais que trabalham na saúde mental. Desenvolver habilidades para a realização de um diagnóstico institucional. Fazer uma avaliação das necessidades da instituição, junto aos diversos agentes institucionais (incluindo aqueles tradicionalmente postos à margem, como serventes, pessoas da limpeza e da recepção). Analisar as implicações psicológicas e sociais dos indivíduos identificados como doentes mentais. Reconhecer a importância do estabelecimento de vínculos profissionais com os integrantes da instituição, com os colegas estagiários e com os usuários. Elaborar, implementar e avaliar propostas de intervenção clínica com usuários da instituição. Coordenar e manejar processos grupais, considerando as diferenças individuais e sócio-culturais dos seus membros. Desenvolver oficinas variadas com os usuários de saúde mental, de acordo com as necessidades destes. Propor dinâmicas de grupo e grupos Terapêuticos, de acordo com as necessidades dos usuários dos serviços de saúde. Realizar discussões sistemáticas com a equipe da instituição sobre os casos atendidos. Realizar atendimentos junto com enfermeiros, psiquiatras, assistentes sociais e outros profissionais da saúde mental. Perceber as necessidades de vínculo dos usuários com a cidade e a comunidade.
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