2009
Reintegrar a mulher com deficiência, resgatando e preservando sua feminilidade.
Segundo o censo Demográfico do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2000, existem 61,5 milhões de mulheres no Brasil, sendo que 11.300.000 possuem algum tipo de deficiência. No total, há 25 milhões de brasileiros com deficiência, dos quais 46% são mulheres índice que podemos considerar bastante significativo. Sabemos que é grande e crescente, o número de mulheres acometidas por alguma patologia ou trauma que acarrete em um quadro de deficiência, especialmente com o aumento da violência urbana. Tal situação é ainda agravada pelos diferentes tipos de discriminação e violência que acometem a mulher. N a mulher com deficiência é ainda pior uma vez que ela é vista como alguém mais vulnerável e incapaz de se defender e garantir os seus direitos. A mulher com deficiência sofre estatisticamente: maior abuso sexual, maior incidência de DSTs, e maior violência física. Sofre com a perda de sua sensualidade e sexualidade, resultando não raramente em abandono pelo parceiro. Na tentativa de reconstruir uma vida afetiva e de sentir novamente atraente, muitas vezes estas mulheres acabam envolvendo-se em relacionamentos questionáveis, que não raramente estão apoiados em sociedades que as valorizam como mero fetiche. Sua exclusão social é tão acentuada que lhes fecha quase todas as possibilidades de se inserir no mercado de trabalho. No geral, sua discriminação e infantilização são maiores do que as sofridas pelos homens. Fecha-se então, sobre o tema da deficiência um estigma social, que se reflete também no plano da sexualidade. Acredita-se que a mulher com deficiência não tem sexualidade geralmente ela é vista de forma infantilizada, a ser protegida e cuidada, ou como assexuada.
Através da criação de um grupo voltado só para mulheres, será criado um ambiente onde estas possam discutir e se permitir entender dentro de um contesto social. Com o respaldo de diversos profissionais se propiciará a autonomia deste grupo visando o resgate da feminilidade e sociabilidade destas mulheres. O método envolve reuniões, palestras, discussões, criação de oficinas e respaldo de profissionais. As atuações começarão com períodos de uma hora e com encontros semanais. O verdadeiro desenrolar do grupo se dará pelas próprias integrantes.
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